Quinta-feira
14 de Novembro de 2024 - 

Controle de Processos

Insira seu usuário e senha para acesso ao software jurídico
Usuário
Senha

Webmail

Clique no botão abaixo para ser direcionado para nosso ambiente de webmail.

Notícias

Receba nossa newsletter

Insira seus dados nos campos abaixo.
Nome
Email

Previsão do tempo

Segunda-feira - Brasília, DF

Máx
26ºC
Min
18ºC
Chuva

Terça-feira - Brasília, DF

Máx
29ºC
Min
18ºC
Chuva

Terceira edição de encontro com a Ouvidoria Nacional destaca combate à violência policial e práticas de proteção a direitos fundamentais

Nesta quarta-feira, 13 de novembro, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) promoveu a terceira edição dos projetos “Diálogos com a Ouvidoria” e “Boas Práticas de Atuação do Ministério Público na Proteção dos Direitos Fundamentais”. O evento debateu o combate à violência policial, uma questão que mobilizou 40 manifestações desde o lançamento da Ouvidoria Nacional de Combate à Violência Policial, em 9 de setembro. Instituído pela Portaria CNMP-PRESI nº 135/2024, o canal busca receber demandas relacionadas a condutas que envolvam abuso policial e encaminhá-las, via Rede de Ouvidorias, aos membros do Ministério Público com atribuição para o controle externo da atividade policial. A ouvidora nacional do Ministério Público, Ivana Cei (foto), destacou que o canal não visa desmoralizar as forças policiais, essenciais à preservação do Estado de Direito, mas assegurar a responsabilização de agentes que atuem fora dos limites legais. "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota", citou Ivana, em referência ao pensamento do filósofo francês Jean-Paul Sartre, reforçando a missão de promover a não violência em todas as esferas. Diálogos com a Ouvidoria  No segundo momento do encontro, o promotor de Justiça Francisco Ângelo Assis, do Ministério Público de Minas Gerais, abordou o tema "Justiça em risco! O papel crucial do Ministério Público para o controle de violência policial". Ele fez uma digressão histórica do MP como constituído da função de controle externo da atividade policial, abarcando as questões de violência atribuídas a agentes de Estado previstos no artigo 144 da Constituição Federal, entre eles as polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar. De acordo com Assis, a literatura especializada critica o Ministério Público por priorizar o combate à criminalidade, corrupção e improbidade, deixando em segundo plano a proteção dos direitos fundamentais, como a integridade física e a vida. O promotor também apresentou dados da pesquisa “Avaliação da segurança pública no Brasil e opinião sobre a PEC da segurança sobre o nível de confiança nas instituições”, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). De acordo com o estudo, de outubro deste ano, a Polícia Federal é a que mais tem a confiança da população, seguida das Polícias Civil, Militar e do Ministério Público.  A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul Alessandra Moura tratou do tema “Resolutividade e eficiência na atuação criminal interinstitucional: projeto fundadas razões”. O projeto tem como intuito a qualificação da produção da prova nos processos criminais, especialmente em relação a questões processuais controvertidas e temas recorrentes nos tribunais superiores.  A promotora afirmou que o objetivo do projeto é, por meio de integração com as forças policiais, identificar dificuldades na instrução de ações penais, prevenindo nulidades de provas e promovendo maior rigor nos protocolos de atuação. "Isso visa alinhar nossa atuação aos padrões dos Tribunais Superiores, resultando em uma ação policial menos violenta, menos letal e mais qualificada", declarou. Boas práticas  A terceira parte da programação foi conduzida pelo membro auxiliar da Ouvidoria Nacional, Oswaldo D’Albuquerque, e contemplou a apresentação das boas práticas ministeriais: "Carta-Resposta" do MPMS; projeto "Rodas de Conversa", do MPMG; "Ouvidoria na Praça", do MPCE, e a "Ouvidoria das Pessoas com Deficiência" do MPPI. Carta-Resposta A Carta-Resposta foi implantada como um novo canal de comunicação da Ouvidoria-Geral do MPMS, permitindo que os usuários de municípios e assentamentos que não possuam uma unidade de Promotoria de Justiça acionem o MP por meio dos correios, de forma gratuita.  De acordo com o ouvidor do MPMS, Renzo Siufi, por meio da Carta-Resposta, qualquer pessoa pode, gratuitamente, oferecer denúncia, reclamação, representação ou manejar pedido de informação à Ouvidoria-Geral do MPMS. “Nosso objetivo foi ampliar e democratizar da sociedade com a Ouvidoria do MPMS”, disse. Rodas de Conversa A realização do projeto “rodas de conversa” sobre violência doméstica ocorre durante a realização do MP itinerante nos municípios de Minas Gerais. A ouvidora Nádia Estela Mateus explicou que, durante a ação realizada pela psicóloga da Ouvidoria das Mulheres, é possível levar às mulheres e meninas informações sobre os tipos e o ciclo de violência e as formas de se realizar uma denúncia, assim como atuar promovendo dinâmicas a respeito do assunto vertente. “Nessas rodas de conversa, são realizadas dinâmicas interativas e didáticas para que estas mulheres possam compartilhar experiências”, contou a ouvidora. Ouvidoria das Pessoas com Deficiência Voltada à proteção de direitos de pessoas com deficiência, a Ouvidoria das Pessoas com Deficiência foi criada pelo MPPI em 1º de outubro deste ano. É o primeiro canal do MP brasileiro especializado na temática. O ouvidor Aristides Silva Pinheiro destacou que a criação do novo canal foi motivada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e pelo fato de o Estado do Piauí ser o 3º no Brasil com maior taxa de pessoas com deficiência (10,8% da população ou 338 mil pessoas). As principais manifestações recebidas são por discriminação por deficiência, abandono em hospitais e negação de necessidades básicas. Ouvidoria na Praça A ouvidora do Ministério Público do Estado do Ceará, Ioraine Jacob, apresentou o Projeto “Ouvidoria na Praça”. A iniciativa busca atender o cidadão em pontos movimentados da capital e do interior para compartilhar informações sobre as atribuições do MP Estadual e de sua Ouvidoria-Geral, facilitando a pulgação aos cidadãos dos serviços prestados pelo MP e o aprimoramento da escuta ativa. Nesses momentos, a Ouvidoria distribui material informativo, recebe manifestações e, por meio de parcerias com instituições públicas, privadas e ONGs oferece serviços básicos, como emissão de documentos, e de saúde e bem-estar, como teste de glicemia e aferição de pressão arterial. “Nós tínhamos entre 300 e 400 demandas, hoje são mais de seis mil e tudo isso por causa da Ouvidoria na Praça”, contou. Assista ao evento.  Fotos: Rodrigo Pertoli 
© 2024 Todos os direitos reservados - Certificado e desenvolvido pelo PROMAD - Programa Nacional de Modernização da Advocacia
Pressione as teclas CTRL + D para adicionar aos favoritos.